Estou grávida, socorro!

Inicio um diário da minha gravidez. Um diário que poderá vir a ser útil a todas as futuras grávidas. Falo também de outros bebés que estão na minha vida. Sobrinha, filhos de amigas e amigos ou de conhecidas e conhecidos.

quarta-feira, junho 30, 2004

E no messenger...

... tive a minha sobrinha a comunicar comigo. Escreveu mesmo com os pezinhos.

Primeiro comunicou:


Depois adormeceu:


E eu fiquei toda babada!

Quéio saiee!

O filho de uma amiga minha, de dois anos e meio, estava com muito calor e esperava impacientemente que o avô abrisse a porta de casa para poder entrar para o fresco:
- Depéssa avô, quéio saiee!
- Não é sair, Diogo, é EN-TRAR.
Depois de um breve momento de silêncio o Diogo respondeu:
- Mas eu quéio saie da rua!

Este vai ser advogado.

segunda-feira, junho 28, 2004

20 semanas

Olá!


Cheguei a meio do tempo. Tenho cerca de 25 centímetros e peso cerca de 340 gramas. Começaram agora a nascer-me os primeiros cabelos e formou-se o vérnix, uma camada de gordura que serve para me proteger a pele neste ambiente aquático onde vivo agora.
Gosto muito de me mexer, principalmente os pezinhos, mãos e dedos. Isto é tudo muito estranho para mim, por isso a minha actividade psíquica é muito intensa. Chego mesmo a chorar às vezes, tal é a confusão que me vai na cabeça. Mas também brinco e salto e dou pontapés na barriga da minha mãe. Até dei uns quantos quando o meu pai lá tinha a mão.
Esta semana andei em sítios com sons diferentes. Havia mais vozes. De tal modo que me mexi mais porque estranhei aquilo tudo. Estou habituada a ouvir a voz da minha mãe de vez em quando, o teclado do computador e a música. Tanta voz fez-me confusão. Mas já passou.

quinta-feira, junho 24, 2004

Uma fase boa

Estava eu a pensar que esta fase da gravidez é bem engraçada. Passaram aqueles enjoos iniciais (apesar de eu nunca ter tido muitos), passou a fase de risco e começou tudo a correr bem. Sinto a bebé e até já sei que é menina. E a barriga é suficientemente grande para se perceber que eu estou grávida (e por isso ter os "paparicos" todos) e suficientemente pequena para não me incomodar. Ainda durmo perfeitamente (só excluí a posição de barriga para baixo), e faço tudo muito bem, apesar de já me aperceber que, mais uns tempos, vai começar a ser difícil fazer coisas como calçar as meias e os sapatos ou cortar as unhas dos pés, isto porque eu estou cá em cima, os pés estão lá em baixo e há uma barriga entre nós... complicadote.
O facto de ter o papá aqui comigo esta semana também me deixa mais calma e feliz. O pior é depois...

terça-feira, junho 22, 2004

Vem aí uma Beatriz

A vossa votação parou aos 141 votos, 71 para menino e 70 para menina. Ficou, portanto, muito equilibrada.
E podemos agora dizer que, contra as espectativas dos pais, avós, tios e sei lá quem mais, o bebé ontem revelou que não tem pilinha nenhuma e, por isso mesmo, é uma menina...uma Beatriz!
Está tudo bem com ela, está perfeitinha e, da primeira vez que pode ir comigo à ecografia, apresentou-se visualmente ao papá.
Infelizmente, esqueci-me de perguntar ao médico qual o tamanho que ela já tinha. Mas as palavras "está perfeitinha" valeram tudo o resto e fizeram-me esquecer de tudo o resto também...

quinta-feira, junho 17, 2004

A minha sobrinha

Hoje apetece-me escrever exclusivamente sobre a minha sobrinha (talvez por a ter estado a ver na webcam e ter ficado com saudades). Ela fez três meses há 6 dias e teve direito a festinha de mesiversário e tudo. Os avós babados da parte do pai organizaram a festa com bolo e muita gente e lá esteve ela toda contente.
Agora anda um pouco confusa com isto do euro. Parece que não entende porque é que, de repente, na casa dela que só costuma ter a mãe e o pai, aparecem uma carrada de homens e ficam todos em frente à televisão a gritar coisas. Não se assusta, mas fica pasmada. Ainda por cima decidiram que ela era como que a mascote lá de casa do euro, isto porque neste jogo contra a Rússia os dois golos foram marcados na altura em que a Inês entrava na sala.

Aqui fica uma imagem dela a ver o jogo:



Se quiserem ver mais imagens dela podem ir à galeria dela no site da megagaleria

domingo, junho 13, 2004

Uma questão de autoridade ou de respeito?

Noutro dia estava a conversar com a minha irmã, que tem uma menina linda de 3 meses (na foto), sobre formas de educar. Temos ideias diferentes em alguns aspectos.
Estávamos a falar sobre uma coisa tão simples como dar ou não a opção à criança de escolher o que vai levar vestido para a escola. Não quer dizer que se abra o armário e diga: "agora escolhe", mas em vez de se escolher uma só camisola, dar a hipótese de escolher entre levar "esta ou aquela", ou outra qualquer que a criança se lembre. A minha irmã disse que isso era uma parvoíce, que quando a filha fosse para a escola ia com a roupa que ela escolhesse e mais nada. A minha mãe censurou-me dizendo "faz isso faz, e depois vais ver ele a ter autoridade sobre ti e a pedir coisas que não podes comprar!"... eu achei um exagero. Não disse que ia deixar a criança escolher a roupa que eu ia comprar, mas mesmo nesse caso talvez lhe dê hipóteses dentro do orçamento viável (até para ele entender que existe um limite de preço), mas parece-me que deixar uma criança escolher o que quer vestir só lhe dá mais segurança nas suas escolhas e mais confiança em si mesmo. Em vez de serem os papás a fazer tudo, ele também terá uma palavra.
A minha irmã disse que a ela sempre escolheram tudo e agora ela sabe muito bem o que deve escolher sozinha. Eu achei que a mim me foi difícil adaptar a um mundo em que tinha de fazer tudo sozinha quando a isso fui obrigada. Estive habituada a que escolhessem tudo por mim e onde as decisões me eram impostas. Não disse isto porque não quis entristecer a minha mãe que estava presente, mas foi o que senti.
Sei que é muito cedo para pensar nestas coisas todas, ou talvez não seja assim tão cedo porque há tanta decisão a tomar, mas a verdade é que eu acho que as crianças são pessoas em ponto pequeno que sabem pensar por si e só precisam de um pouco de orientação para perceberem como são feitas as escolhas no mundo dos adultos (seja por causa do dinheiro, do clima ou da conjugação das cores). Acho que em vez de se impor uma camisola, se pode explicar porque é que aquela é melhor do que a outra para determinada ocasião, ou dar a escolher várias que são boas. Talvez esteja errada e o mundo dos pais tenha mesmo de ser autoritário para que os filhos nos tenham respeito tal como a minha mãe e a minha irmã pensam, mas gostava de pensar que não é bem assim e que há formas de pessoas de idades diferentes conseguirem entender-se sem muitas imposições e autoridades e, na mesma, com respeito que, nesse caso será sempre mútuo.
Qual a vossa opinião quanto a isso? Se forem pais qual a vossa posição a esse respeito?

sexta-feira, junho 11, 2004

18ª Semana

Olá!

Cá estou eu de novo para dizer que entrei hoje na minha 18ª semana. Tenho cerca de 20 cm e peso entre 150 a 200 gramas. Comecei agora a conseguir ouvir vozes, principalmente a da minha mãe.
Comecei a perceber que tenho tacto e gosto de comunicar com a minha mãe com pontapés e cotoveladas (principalmente quando ela está deitada de barriga para cima a ver televisão ou a falar comigo). Os sons que eu mais ouço são os do fluxo sanguíneo no cordão umbilical e os batimentos do coração, bem como o bater no teclado, visto que a minha mãe passa a vida em frente ao computador, a trabalhar e a comunicar com o meu pai, entre outras coisas. Já dou cambalhotas, chupo no dedo, engulo e e deito fora o líquido amniótico, sento-me de pernas cruzadas e procuro a melhor posição para dormir.

emoções

Isto de sentir o bebé faz-me começar a viver a gravidez de uma maneira diferente. Até aqui era giro, mas parecia estar a acontecer não sei onde. Ou seja, eu até via o bebé num monitor e ouvia o coração nas consultas, mas vê-se tanta coisa num monitor que, por muito que me emocionasse, parece sempre algo distante. Não sei explicar bem. Se por um lado se sabe que somos nós quem está a viver tudo aquilo, por outro sente-se que é distante.
Achei que a barriga começar a crescer ia fazer-me sentir as coisas mais intensamente, mas não (se bem que ela ainda não cresceu muito, mas já se vai notando). Mas sentir o bebé faz-me, de facto, sentir que é tudo muito real, muito especial e muito dentro de mim. Como disse a Paula Moreira nos comentários do post abaixo é a 1ª comunicação do filhote connosco. E é isso que sinto que é mesmo, apesar de ainda só o sentir de vez em quando, cada vez que sinto acho que é um momento muito especial. Confesso que da primeira vez até chorei (mas agora eu choro por tudo e por nada ;) ).

quarta-feira, junho 09, 2004

sentir o bebé

Há dois dias, estava eu deitada de barriga para cima na cama, e comecei a sentir qualquer coisa dentro da barriga. Já tinha sentido isso muito antes, mas toda a gente me dizia que não podia ser o bebé porque era muito cedo para uma pessoa na primeira gravidez sentir, só podiam ser gases. Apesar das minhas convicções de que era o bebé, até porque convivo com os meus gases há muitos anos e não me pareciam eles, calei-me porque, na realidade, foi algo muito leve que eu, na minha ansiedade, podia ter confundido. Bom, mas há dois dias, deitada de barriga para cima, comecei a sentir isso seguido de uns pequenos toques na barriga. Achei que os gases estavam a saltar demasiado. Coloquei a mão na barriga e seguiram-se dois pontapés dados com força suficiente para sentir na mão. A não ser o bebé, só se os gases se transformaram em foguetes. Durante todo o dia de ontem e hoje não voltei a sentir, o que me levou a crer, depois de ler algumas coisas sobre a gestação e os "pontapés", que podia o bebé ter tido um pequeno ataque de tosse. Há umas horas voltei a sentir, não com tanta força, mas eram novamente toquezinhos na barriga que, com sensibilidade, se sentiam com a mão.
A minha irmã diz que é impossível porque ela só sentiu a bebé dela à 22ª semana. A minha mãe fica desconfiada. Eu estou convicta que é o bebé porque nunca senti nada assim e a única coisa diferente que tenho na barriga é exactamente o bebé.
Acham que é possível sentir o bebé na 17ª semana durante a primeira gravidez?

domingo, junho 06, 2004

Mau feitio?

Através de um blog (obrigada Cat) encontrei este blog que tem um post com conselhos para as grávidas vestirem e uma parte onde fala do mau feitio das grávidas, que passo a transcrever:

"O mau feitio na gravidez

É verdade. A mais pura das verdades. Ter mau feitio faz parte do contarto de grávida. Sejam as hormonas, seja a ansiedade, seja lá o que for, grávida que se preze tem que demonstrar a sua dose diária de mau feitio.
Se à partida a pré-grávida se mostrava uma pessoa afável e pouco dada a estes descontroles, é provável que o mau feitio agora demonstrado não passe de uns "não me chateies que me doem as pernas" ou uns sorrisos mais amarelos.
Por outro lado, as pré-grávidas de personalidade mais vincada, caem agora nas malhas do mais terrível mau feitio. Amigas, é normal. Preparem-se para discussões conjugais, zangas com a família, desentendimentos com os colegas. Enfim, preparem-se para o pior. E o pior não é isto. O pior é que depois das descargas de mau feitio, a pior das grávidas transforma-se num ser maravilhosamente afável que os outros não conseguem compreender. Azarinho. Não entem, entendessem. É assim e ponto final. Não há explicação científica. Já rebusquei centenas de linhas de informação e nada. Por mim, é a lua. E as hormonas. E a falta de paciência para os que acham que estar grávida é a 11ª maravilha do mundo. (É giro, mas daí a ter que andar sempre com um sorriso de orelha a orelha, tenham dó!)

Não me ocorrem grandes soluções nem conselhos mas há algumas regras que vale a pena relembrar:
1) A grávida tem sempre razão
2) A grávida tem prioridade
3) A grávida tem direito a ter humor variável
4) A grávida está grávida e portanto, tem direito a ser tratada como tal - mimada, alimentada, amada, etc.
5) E o mais importante - a grávida vai ser mãe; está portanto em fase de apaptação a uma realidade indescritível. Deixem-na agora em paz. Depois o(s) filho(s) não lhe vão dar descanso. Nunca mais.

Escrito por Rita"

Ora bem, pode ser por eu estar ainda só na 17ª semana, mas a verdade é que eu era uma pessoa com um mau feitio do tamanho do mundo antes de engravidar e a gravidez, a mim, parece que acalmou. Sinto-me muito mais calma de maneira geral. Está bem que há coisas que dantes permitia mais facilmente do que agora, mas isso tem sempre a ver com a minha necessidade de proteger o filho que aí vem a caminho e dantes, acreditem, eu era bem pior em todos os outros aspectos.
Estou hiper lamechas, mas sempre fui lamechas, agora só estou um bocadinho mais (por exemplo anteontem desatei a chorar como uma Maria Madalena só porque o Rex (sim, o cão polícia) fez carinha triste porque o dono levou um tiro). Mas mau feitio não tenho mais, antes pelo contrário. Acho que qualquer pessoa que me conheça pessoalmente o poderá confirmar (E LIVREM-SE DE NÃO O FAZER! ;) ).

sábado, junho 05, 2004

ora votem lá!

Como espero dia 21 ter a resposta à pergunta, deixo-vos uma votação para determinar se os leitores do blog acham mais que é menina ou menino. Espero dia 21 acabar com ela ;)

terça-feira, junho 01, 2004

Dia da Criança

Como hoje é dia da criança a minha mãe apareceu-me à porta com uma fralda de pano, 100% algodão (a custar um balúrdio na minha opinião por uma fralda), com um coelhinho azul bordado. Um amor de fralda. E pronto. Ficou assim toda babada porque só quer oferecer o melhor ao neto (ela está convencida que é um menino, e eu também, assim como o pai e mais uma dezena de pessoas... ainda apanhamos todos uma surpresa. Estava tão babada que quase tive vontade de retirar a fralda do plástico e limpar-lhe a baba ;)

Ecografia

Ontem fui marcar a data da ecografia morfológica do segundo trimestre. Continuo sem entender a diferença entre estas ecografias que tenho de marcar noutros médicos e as ecografias que a minha médica me faz. Mas ela insiste que no consultório dela não se fazem e eu não tenho outro remédio que não ir pagar a outro lado... é estranho.
Bom, mas a ecografia ficou assim marcada para o dia 21 de Junho às 12 horas. Fiquei contente porque calha mesmo no dia dos meus anos (que eram também os anos do meu pai). A minha mãe já acha que este bebé é "enviado" pelo meu pai ou qualquer coisa do género, porque a primeira ecografia teve de ser no dia da morte dele, agora a segunda calha no do nascimento. Eu acho apenas coincidências curiosas e o que me assusta é que a minha mãe lhes dê demasiada importância passando a achar que, se for um menino, é uma reincarnação (sim, a minha mãe tem dessas coisas), e tem de ser como o avô. Enfim... medos demasiado prematuros, talvez. Só sei que ela já me disse que queria que ele tivesse o nome do meu pai, ao que eu lhe respondi que não vai ter. Ficou triste.
Depois dei-lhe o sermão do: "o Rui Jofre foi o meu pai, está morto e enterrado e não vai renascer. O meu filho é o meu filho. Vai ter a sua própria personalidade que pode ou não ser parecida com a do avô. Mas não vai ser o avô. Mete isso na cabeça!". Fez beicinho (parecia uma criança), amuou e não disse nada.
Eu sei que estes medos a vocês podem parecer-vos ridículos por serem tão cedo, mas não queria mesmo que o meu filho fosse influênciado na maneira de ser e acabasse por desiludir a minha mãe por não ir ser como ela quer, porque não há duas pessoas iguais e a minha mãe quer que o meu pai renasça. A minha irmã teve uma menina, e ainda assim a minha mãe passa o tempo agarrada a fotografias de bebé do meu pai a tentar encontrar semelhanças que não existem. Mas pelo menos neste caso acabam por ser, de certa forma, alimentadas pela minha irmã que já diz que vai tentar que a menina tenha a profissão do meu pai quando for grande, entre outras coisas. Sei bem que um filho meu é o ideal para estas fantasias todas porque eu sou "a cara" do meu pai. Sou mesmo. Mais parecida só se fosse homem. E isso cria expectativas à minha mãe. Não lhe levo a mal as fantasias. Mas não vou poder permitir que ela "castre" o meu filho ou filha desde o início por ser parecido com o avô. Já eu fui "castrada" e para mais o meu pai estava vivo... imaginem ter de viver com o "fantasma" de um morto... enfim.
Medos à parte, o que eu aqui vinha dizer era que dia 21 é bem provável que fique a saber o sexo do bebé. Acima de tudo o que quero é ver que está tudo bem e estou muito contente porque vai ser a primeira vez que o papá vai estar presente.