Estou grávida, socorro!

Inicio um diário da minha gravidez. Um diário que poderá vir a ser útil a todas as futuras grávidas. Falo também de outros bebés que estão na minha vida. Sobrinha, filhos de amigas e amigos ou de conhecidas e conhecidos.

terça-feira, agosto 31, 2004

Segurança dos bebés

Por causa de um comentário sobre camas no post abaixo, lembrei-me de postar aqui sobre algumas regras de segurança:

Aqui ficam excertos de um artigo publicado no Correio da manhã no dia 14 de Agosto:

"Com a finalidade de proteger os bebés, com os quais todo o cuidado é pouco, o Instituto do Consumidor (IC) e a Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) editaram o 'Guia para uma Utilização Segura dos Artigos de Puericultura'. Estes artigos - destinados aos bebés - são responsáveis por mais de 5 mil acidentes em Portugal todos os anos.

Os maiores perigos

O relatório indica as pancadas e os entalões como o tipo de acidentes mais comum, enquanto a face e o crânio se contaram entre as partes do corpo dos bebés mais afectadas.
Alguns artigos surgem como mais perigosos do que outros. A cama de grades lidera, pois, muitas vezes, as crianças atiram a cabeça contra as grades ou magoam-se em arestas.
Seguem-se as alcofas - consideradas "dispensáveis" no guia do Instituto do Consumidor - devido à falência das pegas, as cadeiras altas, por causa das pancadas e das quedas, e os carrinhos de bebé, que originam quedas quando o cinto não é apertado.

Cama de grades

As grades devem ter no mínimo 60 cm de altura e a distância entre as barras ser de 6 cm. O colchão deve ser firme e bem adaptado ao tamanho da cama ou do berço, para que não fique qualquer espaço entre aquele e as grades.

Corrente das chupetas

Assegure-se de que o comprimento da corrente da chupeta não é superior a 22 cm, para evitar o risco de estrangulamento. Retire-a quando deitar o bebé. Verifique o estado de conservação da corrente e não improvise: nunca use cordões ou fios.

Carrinhos

Trave sempre o carrinho quando este estiver parado e verifique regularmente o sistema de bloqueio de rodas. Não pendure sacos ou objectos pesados nas pegas do carrinho, pois pode desequilibrá-lo e fazê-lo tombar para trás."

CAMAS

Andei à procura de informações sobre camas. Eu disse que elas deviam ser de madeira, mas encontrei um artigo sobre um estudo do Instituto do Consumidor onde referem as várias hipóteses e a que têm as camas de obedecer.

Segundo esse mesmo estudo a estética, o “design”, e o local de compra influenciam o preço da cama, mas outrotanto não acontece com a qualidade. Camas adquiridas em grandes superfícies conseguem obter bons resultados, enquanto camas adquiridas em lojas de artigos de bebé e criança e com marca própria, apresentam elevado número de não conformidades. Não existe uma relação qualidade/preço e o local de compra não significa aumento de segurança.

Camas a evitar:

As amostras da marca MICUNA modelo Viana e MOVIFLOR modelo Nuvem, foram classificadas de Muito Deficiente, devido ao estrado se ter partido na amostra MICUNA e de uma das barras se ter desprendido dos seus pontos de fixação, na amostra da MOVIFLOR.

Modelos seguros:

Sem nenhum registo de não conformidade e como tal classificadas de Muito Bom temos as amostras das marcas ALMA/CERNE, BÉBÉCAR Ref.a 164, PAUMA modelo Cisne, PRÉNATAL, SOBRINCA Ref.a 1394, TRAMA Ref.a 20 e UTILBÉBÉ Ref.a 700.

Colchões:

o colchão deve ser rijo, isto é, ter a firmeza necessária para não criar covas que dificultem a respiração. Deve acrescentar-se ainda que, para não perturbar a respiração da criança, não devem utilizar-se protecções impermeáveis que cubram toda a superfície do colchão. Além disso, o colchão deve ser adequado às dimensões da cama, quer em superfície, quer em altura.
Se for curto ou estreito, a criança pode prender os dedos, os braços ou as pernas, no intervalo que existe entre o colchão e a cama. Se for demasiado alto (muito espesso) pode acontecer que a criança se debruce e possa trepar a cama.
A altura de referência do colchão são os 10 cm, e a largura e o comprimento não deve ultrapassar os 3 cm de distância entre este e as partes da cama que o contornam

PARA UMA UTILIZAÇÃO MAIS SEGURA

  • Leia com atenção as instruções de utilização e proceda em conformidade;

  • Opte pela posição mais baixa quando o estrado é regulável;

  • Não esqueça que o lateral rebatível deve ficar na posição vertical quando a criança não está acompanhada;

  • Não deixe objectos (brinquedos) soltos dentro da cama, pois podem ser utilizados para a criança se debruçar ou trepar e cair;

  • Não coloque a cama próximo de janelas (cortinados, fios), lareiras, aquecedores ou outras fontes de calor que possam afectar a segurança;

  • Escolha um colchão suficientemente firme que se ajuste ao tamanho da cama, seja em altura, comprimento ou largura.

    segunda-feira, agosto 30, 2004

    Compras

    Lá fomos nós às compras. Ainda há pouca escolha nas lojas, mas já deu para comprar o que ainda falta, ou quase.
    Na C&A o papá apaixonou-se por um fatinho com umas ovelhinhas na camisola e calças castanhas. Cor-de-rosa só a onomatopeia Bééééééééééééé. É muito lindo e eu adorei. Depois fica mesmo bem com uma touquinha cor-de-rosa que eu escolhi e as botinhas (que já tinha). Além desse compramos um macacão, tipo babygrow mas em duas peças, azul e branco (apesar dos protestos (posteriores à compra visto que fomos sozinhos)da avó e tia paternas por ser azul... mas eu gosto de azul e acho que uma menina fica bem de azul).
    Outra coisa que comprámos e eu fiquei muito satisfeita com a escolha foi o "ovinho" da pré-natal (na imagem). Estava a pensar comprar um da chicco, mas depois iamos ver-nos aflitos para comprar também o carro da chicco porque é bastante caro. O que poderia acontecer era comprarmos um "ovinho" da chicco e depois comprarmos um carro mais barato e ficarmos com peças que não encaixavam o que era uma chatice. Fomos à pré-natal por descargo de consciencia porque tínhamos os dois a ideia que a pré-natal é muito cara. Porém, os produtos da marca deles são bastante acessíveis e têm uma boa qualidade. Assim comprámos agora o "ovinho", para termos com o que a transportar à saída da maternidade, e depois, quando eu já estiver junto ao papá (para não ter de levar muita coisa no avião), compraremos o carrinho, visto que também há pré-natal por lá e, por isso, posso completar o conjunto. Ficámos assim com um "ovinho" com bastante qualidade, a um preço acessível, que completaremos com o carro de passeio (alcofa já temos).

    quarta-feira, agosto 25, 2004

    Roupinhas e as falhas do comércio

    Engravidei em Fevereiro. Soube que estava grávida em Março. Nesse momento não fui logo comprar roupinhas de bebé porque primeiro tive de assimilar a ideia e depois tive de ter calma, não fosse alguma coisa correr mal. Ora, ainda que comprasse roupinha nessa altura já estariamos na primavera e dificilmente eu iria encontrar as coisas da estação anterior. Comecei a pensar em comprar coisas lá para Junho (principalmente depois de saber que era menina). E nesse mês o que há nas lojas? roupa de Verão. Claro!
    Ora bem. O sétimo mês aproxima-se. Nessa altura tem de ter-se o mínimo preparado para a chegada do bebé (roupinhas compradas, lavadas, etc.). Não teria lógica que as lojas de roupas para bebé tivessem roupas para recém-nascido e 1 mês de idade para todas as estações sempre disponíveis? Eu vou fazer o quê agora? comprar roupa de Verão para uma bebé que vai nascer no Inverno?
    Felizmente que as novas colecções começam a chegar. Ainda assim eu e o papá da Beatriz só podemos estar juntos este fim-de-semana. Da próxima vez que estivermos já vai ser daqui a um mês, o que já é muito tarde. Naturalmente que queremos comprar as coisas juntos. Mas será que vamos encontrar já para a próxima estação?

    segunda-feira, agosto 23, 2004

    O que levar para a maternidade? (preciso da vossa opinião)

    Ora bem, com a aproximação do sétimo mês toda a gente me diz que tenho de pensar em preparar o saco do bebé e lavar as coisinhas todas. Porém para o preparar tenho de saber o que levar, e não vou começar a lavar sem ter tudo comprado (se não é uma gastação de detergente à toa).
    As pessoas com quem falo não se entendem. Uns dizem que é preciso isto, outros aquilo. Recorri às revistas e internet para fazer a lista. E juntando o que me dizem e o que está nessas listas de revista/internet, elaborei a minha. Por um lado acho que o me dizem é muito pouco, por outro acho que o que vem nas revistas é um exagero, por isso tentei chegar a um equilíbrio. Aqui fica a lista que elaborei para a bebé (as minhas coisas eu consigo pensar sozinha) e gostava que me dissessem, segundo a vossa experiência, se tenho coisas a mais, ou a menos, e se falta alguma coisa.

    O que levar para a Maternidade para a Beatriz (tendo também em conta que ela, em princípio, nasce em Novembro):

    • 4 collants
    • 4 bodies (de abertura lateral)
    • 4 Babygrows
    • 2 casaquinhos de lã
    • 4 pares de botinhas de lã
    • 1 par de luvas de algodão (para evitar que ela se arranhe)
    • 1 manta quentinha
    • fraldas de pano (o número que me ocorre é 4 porque não me parecem assim tão essenciais, porém em todo o lado leio coisas como 8 e 12... por favor digam-me se são assim tão necessárias e para quê!)
    • 1 gorro
    • creme de prevenção de assaduras para o rabinho
    • toalhitas
    • creme hidratante e loção de limpeza
    • toalha de banho
    • 1 pacote de fraldas tamanho RN

    Ter também o "ovinho" comprado para a saída.
    Em todas as listas que vejo falam também em levar uma escova suave para o cabelo. Eu sei que muitos bebés nascem cheios de cabelo (eu nasci, a minha sobrinha também, e agora temos a Francisca cheia de cabelinho. Mas é mesmo tão necessário que eles sejam logo penteados? isso não os incomoda mais? afinal de contas eles acabam de ser espremidos, levam tareia, choram que nem perdidos. A mim parece é que querem mama, mimo e sossego e não que os andem a pentear. Mas posso estar enganada.

    sexta-feira, agosto 20, 2004

    Análises!

    Fui hoje buscar o resultado das análises. Pelo que consigo interpretar está tudo bem à excepção da minha anemia que me parece que piorou. Tenho de enviá-los já à médica. Provavelmente vai aumentar-me a dose de ferro que estou a tomar.
    Estava com um medo terrível da toxoplasmose e da diabetes (às vezes não resisto a um bom chocolate), mas nesse aspecto está tudo negativo o que me deixou mais aliviada.
    Entretanto deixo-vos com a imagem da minha barriguita numa fotografia tirada hoje por uma amiga minha.

    Eis a minha barriga às 28 semanas (estou cada vez mais apaixonada por ela):

    Resumo da situação à 28ª semana

    A Beatriz mede agora cerca de 35 cm, tem aproximadamente 900 gramas e está toda formada. Se nascesse agora já tinha grandes possibilidades de sobrevivência.
    Eu sinto-me cada vez mais apaixonada por ela e pela barriga. É curioso como um ser tão pequenino já consegue estabelecer tipos de comunicação. Tenho por hábito diário dar pequenos toques na barriga, de modo a pressioná-la um bocadinho, e ao fim de um bocadinho de estar a fazer isto levo um pontapé no local onde o faço. É maravilhoso. Faz-me ter a noção que a Beatriz está ali, sente o que eu faço, e manifesta-se.
    De um modo geral passa o tempo muito calma. Lembro-me da minha irmã dizer que a minha sobrinha se mexia muito e com alguma violencia. A Beatriz, à excepção destes momentos em que a "provoco", raramente é "violenta". Mexe-se bastante durante o dia, mas só se eu estiver com atenção é que me apercebo. Sei que ainda faltam cerca de 3 meses e que no final a vou sentir muito mais porque ela vai deixar de ter espaço para se mexer sem me "incomodar". Mas a verdade é que, apesar de às vezes me assustar, adoro os movimentos mais fortes que ela faz. Adoro senti-la muito.
    A barriga está grande (pelo menos toda a gente me diz isso), mas eu gosto cada vez mais dela. O calor não me incomoda; o peso não me incomoda; consigo dormir bem com ela (com mais umas quantas almofadas para ficar mais confortável); mexo-me bem (ainda me levanto das cadeiras e dos sofás, sem me colocar nas "posições de grávida"). Disseram-me que com a gravidez se perde a noção dos músculos abdominais e isso faz com que as grávidas não se consigam levantar. Não perdi, até agora, nada disso. Continuo a levantar-me lindamente.
    Fazendo uma resumo da vivência da gravidez até agora (no final do segundo trimestre), devo dizer que o primeiro trimestre foi de sustos. Não andei muito enjoada, mas tive os meus momentos de enjoo. Andei meio irritada entre a 4ª e 6ª semanas, mas não foi pela gravidez e sim por ter largado uns medicamentos que tomava na altura e cujo "desmame" é complicado. Mas larguei-os, logo que soube que estava grávida e de acordo com as recomendações da minha médica. Mau mau nessa altura foram as hemorragias e a real ameaça de aborto. Fiquei bastante em baixo. Mas passou. Descansei e passou. E voltou o optimismo.
    Este segundo trimestre passou a "voar". Incómodos só mesmo as pernas e pés que incham. Mais a direita do que a esquerda mas essa já inchava desde que eu fui atropelada e operada à mesma. Por isso já estava habituada. Tal como a frequência com que urino. Já a tinha. Talvez agora tenha mais, mas, sinceramente, nem noto grande diferença... eu sempre fui uma grande "mijona".
    Tenho alguns medos, mas não penso muito neles. Tive dois grandes momentos de grandes nervos durante este tempo, de resto tenho andado relativamente calma (com altos e baixos). Agora aumenta a cada dia que passa o amor que sinto pela Beatriz. Essa é a maior transformação que sinto em mim. É um amor e uma paixão que aumenta a cada toque que ela me dá na barriga, a cada pontapé com mais força a cada festa que "lhe" faço ou palavra que lhe digo. E a vontade de a conhecer, de a agarrar ao colo, de a cheirar, é qualquer coisa de indescritível.

    segunda-feira, agosto 16, 2004

    O Estado e a sua (falta de) coerência

    Hoje fui ao centro de saúde aqui da terrinha. Precisava de falar com a médica de família, pedir-lhe que me passasse as análises (que entretanto já fiz e um atestado para a hidroginástica) e como não tinha hora marcada fiquei três horas à espera.
    Durante essas três horas decidi que nunca vou levar brinquedos barulhentos quando for com a Beatriz a locais públicos. Durante esse tempo passaram duas crianças pelo C.S., dois meninos. Um tinha, para brincar, uns lápis e folhas e foi desenhando, pedindo opiniões à mãe e ali estava, divertido e sossegado. O outro tinha um qualquer brinquedo que fazia imenso barulho e largava piões (parecidos com naves espaciais, pelo chão do centro de saúde), que iam contra tudo o que era de metal fazendo um barulho infernal e metendo-me com dores de cabeça. O rapaz até era sossegado, mas o brinquedo era insuportável.

    Bom, brinquedos à parte, fiquei a saber que o Estado não facilita nada as coisas (ok, já sabia, mas reconfirmei). Senão vejamos:

    Aqui há dias, quando fui ao hospital onde, supostamente, nascerá a Beatriz, perguntei lá se podia ser acompanhada por um obstetra do hospital visto que o bebé nascerá ali, e eu, actualmente ando numa obstetra privada no norte do país e queria deixar de fazer essas viagens. Disseram-me que sendo eu de outra terra teria de ser acompanhada pelo médico do C.S. dessa terra. Ora, na terra não há obstetras. Foi isso que disse. Disseram-me que a minha gravidez seria acompanhada pela médica de família e só iria para um obstetra caso se achasse que havia algum risco. Achei uma estupidez e esqueci o assunto de ser acompanhada pelo estado preferindo pagar para ser acompanhada por um especialista.
    Bom, entretanto nesse hospital têm a preparação para o parto e a hidroginástica. Soube da preparação para o parto antes da ultima vez que fui à minha médica e por isso pedi-lhe o atestado. Mas para a hidroginástica só soube quando fui ao hospital inscrever-me para a preparação. Lá disseram-me que no C.S. da minha terra me passavam também o atestado para a hidroginástica, entretanto fiquei a saber que só um obstetra que nos acompanhe o pode fazer. Ora, o estado não me dá um obstetra, mas dá-me a hidroginástica gratuitamente. Qual é a coerência disto? alguém me sabe explicar?

    sexta-feira, agosto 13, 2004

    27 semanas



    P.S.: Sim eu sei que ali o contador diz 26 e 4 dias, mas na verdade entro hoje na 27ª ;)

    Dores de parto: uma obrigação?

    Ontem perguntei à minha mãe se as dores de parto eram muito fortes e, finalmente, uma mulher admite sem medos: "são! são horríveis! mas tem de se passar por elas e quanto mais força se fizer mais depressa passa. Não há como voltar para trás, por isso é seguir em frente". Finalmente. Estou farta de hipocrisias que dizem: "Ah, até nos esquecemos disso com o bebé", ou, como ouvi há pouco tempo alguém que me tentava convencer que eu até ia gostar e ter saudades das dores... Enfim! acredito que vá ter saudades do momento, deve ser lindo, mas não das dores, tenham santa paciência. Felizmente a minha mãe, que por vezes é meio "sonhadora" nisto é muito terra-a-terra. Fala do parto como algo que doeu muito, que custou muito, que ela não gostou de passar, mas fala do momento de ter o bebé nos braços como algo maravilhoso. Penso como a minha mãe. Não acredito que algum dia vá dizer que gostei ou que tenho saudades das dores de parto. E estou cansada da hipocrisia de se ter de dizer isso como se, por ser natural, fosse "pecado" dizer-se que se se puder evitar, evita-se.
    Sobre este tipo de conversa uma vez dizia que a cesariana era melhor: Na grande maioria dos casos as mulheres, actualmente, recuperam mais rapidamente das de parto normal e não sofrem dores, ou sofrem dores muito menos fortes. Quando disse isto disseram-me que "uma mulher que tem filhos por cesariana, e que não tem dores, não sabe ser mãe". Acho que é o cúmulo do ridículo. Se existe a possibilidade de se minimizar a dor do parto, eu acho muito bem que se faça e tenho a certeza que amarei tanto a minha filha se passar por muitas ou por poucas dores. É minha filha, já a amo agora, quem me dera puder tê-la nos braços sem dores e gozá-la por inteiro desde o primeiro momento.

    quinta-feira, agosto 12, 2004

    Ida à médica

    Fui à médica hoje. Está tudo bem. Afinal estava com tanto medo de ter engordado demasiado, mas não, o que engordei é o normal para a altura que é. De qualquer modo a médica pede-me para tentar controlar o apetite e comer coisas que não engordem muito.
    O útero também está do tamanho certo, apesar da barriga parecer grande. Mas a parte do útero é que interessa. Bom, fiquei contente por estar tudo certo. Agora vou fazer as análises, marcar a preparação para o parto (já tenho atestado) e daqui a aproximadamente um mês vou fazer a última ecografia.

    domingo, agosto 08, 2004

    Medo...

    Tenho andado bastante nervosa ultimamente. Não sei porque motivo, mas tenho andado assim. Muito ansiosa, com os nervos à flor da pele, sem vontade para fazer nada e um bocado para o deprimida.
    Deu-me uma onda de medo de não conseguir ser boa mãe. De não estar preparada para a chegada da Beatriz e não lhe conseguir dar o suficiente para ela ser feliz. Tenho medo de não saber cuidar dela, nem enquanto bebé, nem quando começar a crescer e eu deixar de saber dosear o carinho com a educação. Tenho muito medo. Acho que estou a entrar num periodo de baixa auto-estima em que acho que não consigo fazer nada correctamente.
    Enfim, é um periodo que vou ter de ultrapassar de alguma maneira mas neste momento sinto-me demasiado "presa" para o conseguir fazer.

    sexta-feira, agosto 06, 2004

    Treme treme!

    A Beatriz deixou de dar pontapés. Parece que deve estar demasiado grande para o conseguir fazer. De modo que agora salta e rebola. Quando o faz, se eu estiver deitada de barriga para cima e com a barriga à mostra, consegue ver-se nitidamente a barriga "aos saltos" e a tremer. Parece quase uma gelatina. Tem bastante graça.

    quarta-feira, agosto 04, 2004

    Azar do caraças

    Bolas que hoje/ontem... nem sei bem, é um daqueles dias em que não devia ter saído da cama. Ficava lá quietinha que fazia melhor.
    Depois de apanhar uma carrada de nervos por volta das 11 da noite, crise de choro incluída, tentei de tudo para me acalmar. Foi telefonemas ao namorado, foi conversa, foi jogar computador, tentar adiantar a tradução do livro para me concentrar noutra coisa, tomar chá, mas nada. Não adiantava. Lembrei-me de uma coisa que me deixa calminha normalmente: conduzir. Eram quase duas da manhã. Agarrei no carro e saí. Na primeira curva bato com a roda de trás. Logo a seguir fico a ouvir um sopro. Saí do carro para ver o pneu. Estava com um furo enorme e a descer de volume a alta velocidade. Fui até à rotunda, dei a volta e vim para casa com uma carrada de nervos ainda maior do que a que tinha anteriormente. E agora quem é que vai conseguir dormir?

    segunda-feira, agosto 02, 2004

    Um blog do papá

    O papá da Beatriz criou um blog e eu estou muito contente.

    Podem encontrá-lo aqui

    domingo, agosto 01, 2004

    Como é que é possível?

    Eis uma notícia que me chocou.
    Como é que é possível que num país que se diz desenvolvido não haja legislação para o comércio de crianças com o objectivo da adopção?
    Como é que é possível que num país que se diz desenvolvido uma mulher bulgara entre num hospital para dar à luz com identidade portuguesa e ninguém suspeite de nada até ao segundo (será só o segundo?) caso em que isto acontece?
    Como é que é possível que alguém permita que uma mulher grávida de 9 meses viaje, por terra, da Bulgária a Portugal para poder comprar a criança que ela traz no ventre?
    Como é que é possível...?