Estou grávida, socorro!

Inicio um diário da minha gravidez. Um diário que poderá vir a ser útil a todas as futuras grávidas. Falo também de outros bebés que estão na minha vida. Sobrinha, filhos de amigas e amigos ou de conhecidas e conhecidos.

sexta-feira, outubro 29, 2004

O papá e a barriga

Ora bem, a Avena inspirou-se na Lipa para escrever um post sobre o papá e a sua relação com a barriga, e eu agora inspiro-me nela para fazer o mesmo (e isto qualquer dia é uma cadeia de posts que não pára).
Ao contrário do que acontece com a Lipa e a Avena, o papá da Beatriz sempre teve uma relação chegada com a barriga. Começou logo a fazer festinhas e a dar beijinhos. Mas creio que foi mais a partir do momento em que a barriga se tornou visível e, ainda mais, quando ele sentiu a Beatriz que a coisa se tornou mais íntima.
O Nelson fala imenso com a nossa menina. Acho mesmo que fala mais do que eu, que sou mais de "pensar para ela". Claro que em termos de quantidade, e por ele não estar sempre connosco, eu acabo por falar mais. Mas acredito que se estivessemos sempre juntos (e a partir de hoje vamos estar :)) ele falaria mais do que eu. Gosta de lhe colocar a mão e fazer festas e não tem medo de o fazer em público. Até os beijinhos dá em público ignorando as caras de surpreendidos dos outros homens ou de emocionadas das outras mulheres (e eu toda vaidosa, claro). Sei que tem imensa pena de não me ter podido acompanhar a todas as consultas (e, principalmente as ecografias), mas não me esqueço de como ficou emocionado por ter visto a Beatriz na segunda ecografia (na qual ela revelou ser uma menina), e o carinho com que a começou logo a tratar por ser "a menina dele". Por isso e muito mais me convenço que ele é um óptimo pai.
Sei que nestas coisas da "relação com a barriga" ele é mesmo uma excepção. Lembro-me do meu cunhado não ter ligado quase nada à barriga da minha irmã até ao fim e a onda de paternidade só lhe ter batido (com uma força brutal) no dia em que a bebé nasceu (ainda por cima sendo a menina a cara chapada do pai). E, por ser uma excepção se torna ainda mais especial.
Por isso, Avena, não são todos assim "distantes", nem todos têm medo de mostrar esses sentimentos tão nobres e que, para muitos, são apenas próprios das mulheres e das mães porque nós é que os carregamos. Mas lá que é raro eles assumirem assim estes sentimentos todos, isso é. (Sou uma sortuda).

E agora, um recado escrito para a Beatriz que entra hoje na 38ª semana: Filhota, aguenta-te aí mais umas horitas porque o papá está mesmo mesmo a chegar.